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Jurema - A árvore que abre os olhos do invisivel

  • Foto do escritor: Aurora Oliveira
    Aurora Oliveira
  • 9 de mar.
  • 2 min de leitura

A Jurema é o olho que tudo vê


Entre as raizes retorcidas da Jurema milenar, segredos ancestrais repousam como ecos de um tempo imemorial. Para aqueles que sabem ouvir, o sussurro das folhas não é mero acaso do vento, mas a voz de algo muito mais antigo, um espirito que vela pelos misterios da visão e do despertar. A Jurema, essa árvore que atravessa séculos, não é apenas um símbolo de poder na tradição dos povos encantados, mas um portal vivo, capaz de abrir aquilo que muitos temem: o terceiro olho.


Diz-se que quem se permite repousar sob sua copa e se entregar ao fluxo da contemplação logo percebe uma mudança sutil na percepção. O mundo tangivel começaa a parecer menos rígido, como se a matéria perdesse sua solidez diante do olhar espiritual. Aqueles que se aproximam da Jurema com a mente aberta e o espírito receptivo sentem seu chamado, uma força sutil que penetra as camadas mais profundas da consciência. E então, algo acontece,

o véu que separa os mundos se torna mais fino.


Muitos relataram sentir uma presença ao seu redor, como se fossem observados por olhos invisíveis. Mas não é um olhar externo; a própria visao interior que se expande. Sons inaudíveis para o ouvido comum tornam-se perceptiveis, vultos se movem no limite da realidade, e, para alguns, a compreensão sobre a própria existência se altera para sempre.


A Jurema é mais do que uma arvore: é um espírito­ guardião , um mestre silencioso que ensina sem palavras. Seu poder é inquestionável para os que ja sentiram sua influência. Alguns desenvolvem o dom da cura, outros passam a incorporar presenças, como se a árvore os conectasse as forças que sempre estiveram ali, a espera de um canal para se manifestarem.


Esse despertar, no entanto, não é para todos. Há os que se aproximam e nada sentem ali sentados sob sua copa, ”talvez porque seus olhos internos ainda estejam cerrados, talvez porque a Jurema escolha a quem revelar seus mistérios. Mas aqueles que, debaixo de sua sombra, permitiram-se realmente ver, jamais foram os mesmos. Pois, uma vez que o terceiro olho se abre, não há como fechá-los novamente.


Tive um caso assim na minha família, quando minha tia ainda era adolescente, ela sentava sob a copa da Jurema milenar do sítio todos os dias, e fazia ali sua morada, ela lia todos os dias um livrinho religioso de um Padre conhecido por operar milagres, Padre Artur, e após algum tempo desenvolveu poderes de cura e incorporação.


Aurora.

 
 

O que seria do mago se não queimasse os próprios dedos?

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