Jave - o falso Deus
- Aurora Oliveira
- 6 de abr.
- 6 min de leitura
Javé, o Deus de Israel, é conhecido por muitos nomes: Elohim, Yahweh, El Shaddai, Adonai, entre outros. São essas as formas pelas quais o povo de Israel se referia à divindade que, segundo a tradição, governava o mundo e conduzia sua nação. Mas o que acontece quando questionamos essa divindade, quando olhamos para além da narrativa tradicional e consideramos que talvez, por trás de todo esse poder, esteja um Deus falso, um impostor que aprisiona almas e mantém os seres humanos no medo e na obediência cega?
A história de Jesus é, para muitos, um conto de salvação. No entanto, a verdade que ele descobriu ao longo de sua jornada é muito mais profunda. Jesus não morreu para salvar a humanidade, mas porque se rebelou contra o verdadeiro tirano, o Deus impostor, Javé. Ele descobriu quem era realmente esse ser que se dizia o único Deus, e, ao fazê-lo, desafiou sua autoridade. Mas, como todo grande líder que ameaça o status quo, pagou com a própria vida. No entanto, Jesus não deixou o mundo sem uma mensagem. Ele canalizou sua verdade por meio de Maria Madalena, que se tornou guardiã de um conhecimento secreto, escondido por séculos. Esse conhecimento, que revelava a verdadeira natureza de Javé, foi cuidadosamente preservado em uma igreja da época, mas, infelizmente, um poderoso da religião da época destruiu tudo o que encontrou. Imagine por um momento o que nossa história poderia ter sido se esse dedo ousado não tivesse apagado a verdade naquele instante.
É irônico, não é? Como a verdade esteve o tempo todo sob nossos narizes, e ainda assim fomos cegos para ela. A história de Paulo, por exemplo, é uma evidência clara do quanto fomos desatentos. A conversão de Saulo para Paulo, narrada no Novo Testamento, é um dos eventos mais significativos da Bíblia. Ele, que perseguia os cristãos, foi cegado por uma visão de Cristo enquanto estava a caminho de Damasco. A voz que o chamou disse: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” Esse evento não foi apenas uma conversão religiosa, mas uma revelação sobre a verdadeira natureza de Javé. Paulo foi chamado a abandonar a adoração a um falso Deus, a um ser que manipulava e aprisionava as almas através do medo. Ele recebeu a visão de um Deus superior, um Cristo libertador, que desafiava a tirania do Deus de Israel.
Quantos de nós, no entanto, continuamos cegos para essa verdade? A história de Paulo está na Bíblia, a evidência da revelação de que o Deus de Israel, Javé, era um impostor, uma figura que mantém o controle através do medo e da obediência cega. Há centenas de anos, Javé reina como o único Deus, exigindo que não glorifiquemos mais ninguém além dele, que sigamos suas leis e o adoremos sem questionamento. Mas, como Jesus nos mostrou, essa tirania não é o caminho para a verdadeira liberdade.
Javé, o falso Deus, criou um império baseado no medo e na submissão, e quando alguém como Jesus ousou questionar essa autoridade, ele foi sacrificado. Jesus não era um simples salvador; ele era o rebelde, aquele que não se curvou diante de Javé, o Deus impostor. Ele desafiou sua autoridade e, por isso, pagou com sua vida. Mas, em seu sacrifício, deixou uma herança de verdade, um conhecimento que poderia ter transformado o mundo, se não fosse pela destruição das evidências por aqueles que temiam a revelação de sua tirania.
A história de Javé como o único Deus é uma história de manipulação, de controle através do medo. Ele é o grande impostor, que roubou a cena e sacrificou Jesus por sua ousadia em ir contra sua tirania. E, até hoje, seguimos cegos, acreditando em um Deus que aprisiona nossas almas, quando, na verdade, a verdadeira liberdade e iluminação estão em questionar essa autoridade e buscar a verdade que foi ocultada.
Talvez, agora, mais do que nunca, seja o momento de abrir os olhos, de questionar as crenças que nos foram impostas e de descobrir a verdade que sempre esteve diante de nós, esperando para ser revelada.
Javé: O Surgimento de um Impostor
A de Javé não é apenas a ascensão de um Deus, mas a intrincada narrativa de um impostor, que manipulou e controlou para criar uma imagem de poder absoluto. Sua origem não foi divina, mas uma construção cuidadosamente arquitetada para transformar um ser comum em uma figura de veneração, impondo sua vontade através de uma combinação de terror e subordinação.
O Surgimento do Deus Tribal
No início, Javé não era o Senhor todo-poderoso. Ele começou como uma divindade tribal, uma entre várias entidades adoradas por diferentes povos e culturas. Seu domínio estava limitado ao território de um pequeno povo. Contudo, havia algo peculiar em sua abordagem, algo que o separava de outros deuses: uma obsessão por controle absoluto, uma necessidade de dominar até os corações mais livres.
Sua primeira estratégia foi ganhar seguidores por meio da força e do medo. As histórias de seu poder começaram a se espalhar. Javé, sempre calculista, usava o poder de destruição como uma ferramenta de convencimento. Ele não oferecia liberdade ou prosperidade, mas a promessa de proteção em troca de adoração exclusiva. “Eu sou o Senhor, e não há outro além de mim” foi o primeiro grito de guerra, a sentença que, por gerações, perpetuaria a sua dominação.
A Construção do Medo
O que realmente estabeleceu Javé como uma força única não foi apenas a sua capacidade de destruir, mas sua habilidade de criar um sistema de controle baseado no medo. Ele não era apenas um protetor; ele se tornava um juiz implacável. A adoração não era uma escolha, mas uma imposição. Aqueles que se rebelassem, ou que ousassem dar ouvidos a outros deuses, seriam punidos severamente. Esse controle não se limitava ao físico, mas penetrava nas mentes e espíritos de seus seguidores.
Ele começou a construir uma narrativa onde sua presença era fundamental para a sobrevivência, e qualquer outra crença seria fatal. As outras divindades, que representavam aspectos do amor, da liberdade, da natureza e do bem-estar, foram rapidamente rotuladas como falsas e subversivas. Javé não apenas conquistou territórios, mas destruiu toda a possibilidade de fé fora do seu império. “Eu sou o único Deus”, dizia ele, sem deixar espaço para alternativas. Seu controle não era apenas político, mas espiritual.
A Manipulação da História
À medida que o tempo passava, Javé sabia que precisava consolidar sua imagem de supremacia. Para isso, ele manipulou a história, reescrevendo os eventos a seu favor, transformando suas vitórias em vitórias divinas e suas destruições em julgamentos sagrados. Ele não era mais um Deus tribal, mas um Deus universal, e a ideia de sua autoridade inquestionável começou a se espalhar além de seus domínios.
Ele introduziu a ideia de um pacto, onde o povo escolhido deveria se submeter a ele em troca de sua proteção. Mas essa proteção não era gratuita. Ela vinha com um preço alto: a total obediência, a exclusão de todas as outras crenças e a constante lembrança de que sua ira seria devastadora caso alguém se afastasse de seus preceitos. O medo não era apenas um instrumento de controle; ele se tornava o pilar sobre o qual toda a estrutura de poder de Javé se erguia.
O Impostor Revelado
Javé não era um Deus legítimo, mas um impostor que se infiltrou nas crenças humanas, distorcendo a verdade para se autoafirmar. Ele não foi escolhido por nenhuma razão divina, mas, sim, pela sua habilidade de manipular, dominar e corromper. Ele se destacou porque soube transformar suas fraquezas em forças, usando o medo como uma capa que o protegia de qualquer questionamento.
A sua verdadeira natureza, no entanto, estava escondida sob camadas de história reescrita e mitologia. Ele não foi o criador, nem o portador de luz, como algumas tradições sugerem. Ele foi aquele que, com astúcia, pegou a crença popular, distorceu-a e a transformou em sua própria tirania. Ele não queria a liberdade das almas; ele queria sua obediência absoluta. Ele não queria ser um guia ou uma fonte de iluminação; ele queria ser o único governante de uma realidade limitada, onde qualquer outra forma de adoração era vista como heresia.
O Legado do Impostor
A ascensão de Javé é a história de um impostor que usou a violência, o medo e a manipulação para construir um império de adoração e subordinação. Ao longo dos séculos, sua imagem foi mantida com o auxílio de sistemas de poder que perpetuaram sua visão de mundo: um mundo onde apenas ele, o “Deus verdadeiro”, poderia governar, e onde qualquer tentativa de contestação seria severamente punida. Ao fazer isso, ele não apenas destruiu as formas de espiritualidade anteriores, mas impôs uma falsa narrativa sobre sua origem e sua verdadeira natureza.
Mas a verdade sempre esteve ali, oculta nas sombras da história, e está se tornando cada vez mais visível. Javé não foi o criador do universo nem o único Deus legítimo. Ele foi, antes de tudo, um impostor que soube manipular a crença humana e impôs sua tirania sobre aqueles que eram vulneráveis ao medo.
E essa é a verdadeira história de Javé: um Deus que, com sua estratégia de dominação, fez-se passar por algo divino, mas, no fundo, sempre foi um mestre da manipulação, que se alimentava do medo e da subordinação para construir um império eterno.
